quinta-feira, 19 de julho de 2018

[Desafio]#100DaysOfCody


Olá terráqueos, sou a Joanice, mas podem me chamar de Jo. Sou bacharel em Turismo pela Universidade Federal do Maranhão e no meio do curso me encantei por programação, devido uma cadeira chamada de Tecnologia da Informação. Depois de me formar em 2017, acabei entrando em Ciência da Computação na mesma universidade e me deparando com uma área dominada pela ala masculina e um território bem diferente do que eu tinha na minha outra graduação.

Entrei nessa já sabendo que teria desafios enormes pela minha frente. Sou claramente de Humanas, porém sempre tive um encantamento pelas áreas de Tecnologia e quando fui estudando mais sobre programação, percebi que estava num campo cheio de oportunidades e labirintos que eu poderia desbravar. Vocês podem achar que sou louca por ultrapassar uma linha tão extrema quanto essa que divide ciências tão distintas, entretanto sempre fui uma pessoa que não sabe optar por extremos. Normalmente vagueio pelo lógico e necessário e na programação me senti num lugar seguro e que exige mais do que me exigiam em Turismo.

Em CP tive que deixar muito do que sabia para chegar simplesmente crua e nua nas Exatas. Não pensem que só programamos nesse curso. Quem dera! Estudamos infinitamente matemática. Sabia que estava entrando numa cilada das grandes, porque nunca fui próxima da matemática, todavia estou me habituando a ver números em tudo e deixar de lado  - por hora - os debates e construções teóricas que me fascinam. 

Aqui descobri que estava praticamente sozinha. Jogada na "cova dos leões", porque mais de 70 % do curso é preenchido por homens e infelizmente nem todos querem competir com uma mulher. Alguns tem o preconceito emanando dos seus olhos e se distanciam claramente da ala feminina. Claro que existem os que são maravilhosos e encantadores. O que eles não entendem é que estamos em dilemas diários. Todos os dias temos que enfrentar alguns deles para nos respeitarem. É irônico ter que pedir respeito, se temos a obrigação de sermos respeitadas como indivíduos e mulheres.

Descobri indo e vindo do Centro de Ciências Exatas e Tecnologias que a vida não tem nada de glamourosa e esplêndida nas Exatas. É dia e noite pirando para ter um coeficiente de rendimento acadêmico alto para conseguir alguma bolsa ou simplesmente garantir a matrícula numa disciplina. Aqui conheci a competição num nível absurdo e que me deixa algumas vezes extremamente triste, porque quem pede é a Humanidade e a Ciência que sofre com os egos acadêmicos que muito competem e pouco produzem para a o desenvolvimento social.

É aprender a lidar com professores que parecem está treinando um monólogo e não uma aula. Saio algumas vezes da sala sentindo como se eu não tivesse aprendido nada. Apenas estivesse passeando na aula e não estudando com doutores. Ah, esses que querem que sejamos máquinas que aprendem na "porrada" e não na compreensão. Que falam de seus títulos e nunca mudam suas didáticas que já estão defasadas há "milênios".

Depois disso, você poderia dizer que deveria sair gritando depois de uma realidade dessas, porém não, porque existem pessoas maravilhosas e estimulantes que nos abraçam e nos confortam mesmo não sabendo de nossa realidade pessoal. Pessoas que diariamente com palavras e gestos nos estimulam a continuar e enfrentar uma realidade, na qual pouco mais de 17% das mulheres no país sabem programar, mesmo grande parte dos usuários na internet sendo mulheres.

Participando de palestras soube de mulheres maravilhosas e que foram pioneiras na Computação e que falarei numa postagem daqui uns dias e que foram simplesmente apagadas da História, porque não eram homens. Não é mimimi, mas a verdade. Mulheres são tratadas de forma diferente quando estão exercendo a mesma função de um homem...ganham menos, são assediadas constantemente e sofrem pressões psicológicas para saírem da área, porque é um "campo masculino".

Com tudo isso comecei a estudar sozinha e diariamente. Todos os dias venho estudando diversas linguagens, mas principalmente HTML - que não é linguagem de programação - PHP e Python. Com isso, meu namorado me indicou o desafio #100DaysOfCody, na qual temos que dedicar pelo menos uma hora do dia para aprender programação. Para as iniciantes recomendo estudarem introdução a programação e linguagens de rede e para as mais avançadas, estudar mais bibliotecas de linguagens de sua escolha.

O que vale é mudar essa realidade e igualamos nosso trabalho aos homens. Não queremos poder, mas respeito e igualdade, porque somos capazes de tudo.

Saiba mais de #100DaysOfCody || AQUI ||

Obs: O banner foi eu que fiz, mas o projeto é de outra pessoa. Fiz a arte para me organizar com o desafio.

Beijos e até o próximo post!



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